Bristol-Myers paga a maior taxa na história da biotecnologia

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O mercado de biotech está cada vez mais quente. A Bristol-Myers pagará US$ 1,85 bilhões por uma promissora droga contra o câncer. A desenvolvedora, Nektar Therapeutics é uma pequena empresa de biotecnologia de São Francisco e vendeu a participação de exploração da droga experimental NKTR-214.

Como parte do acordo firmado nesta quarta-feira, a Nektar receberá US$ 1 bilhão em dinheiro antecipadamente e a Bristol-Myers comprará o equivalente a uma participação acionária de pouco menos de 5% da empresa. A Nektar terá direito a 65% dos lucros globais sobre a droga, quando chegar ao mercado, e a Bristol obterá os outros 35%. Além disso, a Nektar também ficará elegível para receber outros US$ 1,78 bilhões em pagamentos de marcos de desenvolvimento e regulatórios, e marcos em vendas, ou seja, US$ 3,6 bilhões no total. Essa é uma enorme quantia, considerando que a Bristol-Myers terá uma participação minoritária no produto. Uma das maiores ofertas de colaboração de drogas unitárias da história.

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Além da Bristol receber uma parte da receita na comercialização, ela terá direito exclusivo de combinar a NKTR-214 com seus medicamentos, Opdivo e Yervoy, para 20 usos diferentes em 9 diferentes tipos de câncer, incluindo mama e rim. Bristol-Myers reterá 100% das receitas para seus próprios medicamentos.

“O que você está vendo com este acordo é um casamento forte entre uma ciência excepcionalmente robusta para uma empresa que é líder no espaço de imunomatologia”, diz Saurabh Saha, diretor de medicina translacional global de Bristol.

Apesar dos primeiros resultados que combinaram Opdivo e NKTR-214 se mostrarem promissores, com redução e até desaparecimento de tumores, não houve grupo de controle de pacientes que receberam Opdivo sozinho. Com isso, não é possível determinar ao certo a eficácia dos resultados.

Em sua defesa, Fouad Namouni, chefe de oncologia da Bristol disse que a porcentagem de pacientes cujos tumores encolheram é claramente maior do que seria com o Opdivo sozinho. “Não é apenas como se pegarmos qualquer agente que tivéssemos e misturado com qualquer outro agente”, diz Steve Doberstein, chefe de pesquisa e desenvolvimento da Nektar. “Realmente não há outras [combinações] que tenham o mesmo tipo de lógica por trás delas”.

Para se comparar a precedência do negócio, quando a Johnson & Johnson fez parceria com Pharmacyclics, um fármaco de câncer de US$ 2,6 bilhões, recebeu 50% das vendas por US$ 150 milhões pagos.

“Nós mantemos uma colaboração clínica com a Nektar desde 2016. Esta parceria foi um próximo passo natural”, disse Paul Biondi, chefe de desenvolvimento de negócios para Bristol-Myers. A transação deve ser concluída no segundo trimestre de 2018, e ambas as empresas são livres para desenvolver a NKTR-214 com outras drogas para usos não estabelecidos no negócio.

Fonte: Saúde Web

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