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A GlaxoSmithKline, maior farmacêutica do Reino Unido, sinalizou que buscará acelerar o desenvolvimento de um tratamento experimental contra o câncer como parte de sua ambição de expansão no setor de oncologia apenas dois anos após vender sua linha de terapias tumorais.

Um medicamento que tem como alvo uma proteína chamada BCMA mostrou taxa de resposta duas vezes maior contra mielomas que a de um produto rival da Johnson & Johnson e da Genmab, disse Luke Miels, novo presidente da unidade farmacêutica da empresa com sede em Londres.

A Glaxo pode conseguir levar os medicamentos aos pacientes até 2020 considerando que os órgãos reguladores dos EUA e da Europa se comprometeram a acelerar suas análises, disse Miels na sexta-feira, em entrevista. A incidência de mieloma múltiplo, um tipo de câncer de sangue que se desenvolve a partir de células da medula óssea, está aumentando juntamente com o envelhecimento populacional.

“Precisamos avançar com isso o mais rapidamente possível na parte clínica”, disse Miels. “Seria ótimo se conseguíssemos levar esse medicamento ao mercado em 2020 — a dúvida é se podemos avançar mais rapidamente.”

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Miels, vindo da concorrente AstraZeneca neste ano, foi uma das primeiras contratações da CEO Emma Walmsley. Walmsley se comprometeu a entregar mais medicamentos de sucesso, levando a equipe comercial da Glaxo a dialogar com o grupo de pesquisa e desenvolvimento em um estágio mais precoce do processo como parte do esforço para melhorar os retornos sobre investimentos.

Novas contratações

Com Hal Barron — ex-executivo da Roche Holding — prestes a assumir como chefe de pesquisa e desenvolvimento, no mês que vem, a Glaxo buscará brechas no setor de oncologia para se diferenciar da concorrência e combinar seus medicamentos com outros tratamentos, disse Miels.

A Glaxo ficou à margem das últimas descobertas em oncologia imunológica. Em outro sinal de mudança nas aspirações em relação ao tratamento do câncer, a empresa anunciou a contratação de Christine Roth, ex-executiva da Novartis, como vice-presidente sênior e chefe da franquia de oncologia. Ela deverá começar a trabalhar no fim do mês.

Há dois anos a Glaxo vendeu seus medicamentos oncológicos à concorrente suíça Novartis por US$ 16 bilhões como parte de uma troca de ativos mais ampla. A empresa manteve os medicamentos que estavam em fase inicial de desenvolvimento.

Mais velocidade

No início do ano, Walmsley revelou o plano de ajustar o foco da empresa a tratamentos para doenças respiratórias e infecciosas, HIV, câncer e distúrbios de imunoinflamação. A empresa, ao mesmo tempo, decidiu encerrar ou se desfazer de mais de 30 programas de desenvolvimento de medicamentos.

“Em nível geral, queremos que as coisas avancem mais rapidamente”, disse Miels, “sempre sem perder de vista o desejo de que as coisas avancem mais rapidamente com inteligência”.

“Temos a ambição de ser muito ativos em [tratamentos para o] câncer”, disse Miels. “Atualmente está muito difícil competir com uma Roche. Procuramos alvos à parte, ou opções que possam ser usadas em combinação” com outros medicamentos.

Fonte: UOL


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