Conheça as formas de hidratação para cada tipo de perda

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Conheça as formas de hidratação para cada tipo de perda

 

  • Crianças e idosos são os grupos etários com maior risco de desidratação
  • Condição na qual a perda excede o ganho pode ser classificada como isotônica, hipotônica e hipertônica

 

São Paulo – Você certamente já passou por alguma situação em que teve muita vontade de beber um copo de água. Pois saiba então que neste momento o seu corpo estava sinalizando o primeiro e mais claro sinal da desidratação, condição fisiológica que pode ser explicada pela pouca ingestão e a falta de reposição desse líquido tão valioso, mas, por vezes, tão ignorado e esquecido por nós. 

O problema acomete mais crianças e idosos, mas muitos adultos também sofrem com a desidratação, uma vez que em condições normais chegam a perder 2,5 litros de água por dia, seja por transpiração, expiração do ar, urina e até evacuações ou perdas fecais¹. Em muitos casos, porém, a água e os eletrólitos corpóreos não retornam ao organismo na quantidade necessária, enfraquecendo o organismo, podendo ocasionar problemas de saúde e até levar à morte

“As crianças tendem a sofrer mais com diarreias e os pais devem evitar o uso de líquidos inadequados para a reposição como refrigerantes e bebidas esportivas. Nesses casos, recomenda-se utilizar soluções de reidratação oral, sempre com orientação médica”, explica a pediatra Manuela Torres.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2013, aproximadamente 10% das mortes em crianças com menos de cinco anos são por doenças diarreicas, cuja complicação fatal é a desidratação.

“Já com os idosos a preocupação deve ser maior nos dias de altas temperaturas. Eles possuem menos líquidos no corpo e em caso de utilizarem medicações como diuréticos e laxantes ou terem algum tipo de doença crônica acabam ficando mais susceptíveis a desidratação”, prossegue a médica.

Além da sede, outros sintomas podem sinalizar a falta da água e dos principais sais mineiras em nosso organismo. De acordo com a pediatra, nos casos leves a moderados, os principais sintomas são sede, olhos encovados, boca seca, diminuição de lágrimas e da urina, sonolência, entre outros. Nos casos mais graves, há intensificação desses sintomas podendo existir queda da pressão arterial e alterações importantes do sistema nervoso central, como confusão mental e delírios.

Dependendo da taxa de perda de água em relação aos eletrólitos, a desidratação pode ser classificada em três tipos²:

Isotônica: É o tipo mais comum da desidratação e caracteriza-se por uma perda proporcional de água e sódio. Trata-se de um tipo de desidratação frequente em crianças, causada por vômitos e diarreias.

Hipertônica: Segunda forma mais comum da desidratação. Acontece quando a proporção de água perdida é maior que a de sódio. Este tipo de desidratação é mais comum em pessoas que têm diabetes, e representa aproximadamente 10 a 20% de todos os casos pediátricos de desidratação com diarreia².

Febres prolongadas, sudorese intensa, baixa administração de água, hiperglicemia, dietas sem reposição correta e diarreias intensas provocam este tipo de desidratação.

Hipotônica: Forma incomum da desidratação. Neste caso, ocorre uma perda maior de sódio do que de água. Este tipo de desidratação representa aproximadamente 10 a 15% de todos os casos pediátricos de desidratação com diarreia². As alterações gastrointestinais ou renais, má nutrição, uso de diuréticos sem reposição adequada de sais são alguns dos fatores que podem desencadear a desidratação hipotônica

“O tratamento para esses tipos de perda vai depender da idade, intensidade e a causa da desidratação. O uso de soluções de reidratação oral, com quantidades adequadas de água, sais minerais e glicose sempre deve ser orientado para pacientes com desidratação leve ou moderado. Nos casos mais graves, essa reposição deve ser realizada pela endovenosa”, finaliza a médica.

 

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