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Por Diário da Saúde

 

Contaminação de instrumentos médicos

 

Bactérias potencialmente prejudiciais podem sobreviver nos endoscópios flexíveis utilizados para examinar o interior do trato digestivo, resistindo até mesmo a um processo de limpeza e desinfecção de múltiplas etapas.

Embora os endoscópios tenham sido limpos de acordo com todas as diretrizes de várias sociedades médicas, micróbios e contaminação residual foram identificados na superfície do instrumento médico após cada etapa de limpeza.

Quando os níveis de contaminação excediam valores de referência predeterminados para cada etapa de limpeza, os técnicos iam além das diretrizes, repetiam os procedimentos e faziam novos testes após cada tentativa de reduzir a contaminação.

Mas bactérias viáveis e resíduos orgânicos permaneceram após cada etapa duplicada de limpeza.

A constatação foi feita por pesquisadores da Ofstead & Associates e da Clínica Mayo, ambas nos EUA, que publicaram os resultados no American Journal of Infection Control.

 

Padrões insuficientes

Microrganismos viáveis foram detectados em 92% dos endoscópios depois da limpeza inicial após o exame; 64% depois da desinfecção de alto nível; 46% após a limpeza manual e 9% após o armazenamento durante a noite.

"Mais pesquisas são necessárias para identificar processos que possam garantir que todos os endoscópios flexíveis estejam livres de contaminação residual e micróbios viáveis antes do uso nos pacientes, incluindo o uso potencial de rotinas de vigilância com indicadores rápidos e culturas microbiológicas. Os resultados deste estudo sugerem que os padrões e práticas atuais podem não ser suficientes para detectar e remover a contaminação residual," escreveram os pesquisadores

 
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