Mitos e verdades sobre o câncer de pulmão

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Só quem fuma corre o risco de desenvolver o tumor maligno que mais mata no mundo? Saiba mais.

São Paulo, 15 de outubro de 2018 – Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a estimativa é que sejam diagnosticados mais de dois milhões de novos casos de câncer de pulmão no mundo em 20181, sendo 31.270 no Brasil2. O câncer de pulmão pode ser assintomático em estágios iniciais3, ou até confundido com outras doenças, uma vez que os sintomas mais frequentes - tais como tosse, falta de ar, dor no tórax e escarro com sangue4 – são comuns em outros problemas respiratórios. Assim sendo, o diagnóstico tende a ser desafiador e, consequentemente, tardio.

O fator de risco mais frequente é o tabagismo, responsável por 90% dos casos5, mas será que não fumantes também podem desenvolver a doença? O médico oncologista Diogo Bugano, coordenador do ambulatório de câncer de pulmão do Hospital Vila Santa Catarina, e oncologista do Hospital Albert Einstein, esclarece alguns mitos e verdades sobre o câncer de pulmão. Confira abaixo.

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  • O câncer de pulmão só afeta fumantes.

MITO. Toda pessoa exposta à fumaça - de lenha, cigarro, charuto, narguilé, entre outros - pode desenvolver doenças respiratórias, incluindo o câncer de pulmão5. "Cerca de 15% dos casos de câncer de pulmão ocorre em não fumantes5. Além da exposição passiva às diversas formas de fumaça, não-fumantes podem desenvolver mutações genéticas específicas que levam ao câncer de pulmão", explica o Dr Diogo.

Com base nisso, é importante lembrar que, apesar do tabagismo ser responsável pela maioria dos casos, não fumantes também podem desenvolver esse tipo de câncer. Ao perceber algum sintoma recorrente comum da doença, é fundamental que o paciente procure um médico.

 

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  • Existem mais de 10 subtipos do câncer do pulmão.

VERDADE. A doença é dividida em dois grandes grupos: pequenas células e não- pequenas células. O Dr Diogo explica que no grupo de câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) existem diversos subtipos. "A classificação dos subtipos é feita de acordo com os tipos de células do tumor", afirma o oncologista. Os dois subtipos mais comuns são o adenocarcinoma, responsável por 50% dos casos de CPNPC, e o carcinoma escamoso, que corresponde a 42,1%6. "O adenocarcinoma é o subtipo mais frequente, e também pode ocorrer em não fumantes e ex-fumantes".

 

  • Existe um subtipo de câncer de pulmão mais frequente em não fumantes.

VERDADE. Mais de 90% dos não-fumantes desenvolvem adenocarcinomas. Entre eles, 22-33% dos casos terá uma alteração genética específica em uma proteína da membrana celular das células tumorais conhecida como receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)7. "Essa alteração praticamente não existe em fumantes, acontecendo em 5-10% dos casos8"

 

  • O câncer de pulmão não tem tratamento.

MITO. O Dr. Diogo afirma que o tratamento do câncer de pulmão tem avançado nos últimos 10 anos. "Mesmo sendo uma doença agressiva, tumores não-metastáticos são curados com uma combinação de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. Mesmo tumores mais avançados têm tratamentos que garantem a sobrevida por anos e com ótima qualidade de vida", esclarece.

 

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  • O único tratamento para o câncer de pulmão é a quimioterapia.

MITO. Atualmente, uma pequena parcela dos pacientes receberá apenas quimioterapia. Alguns receberão apenas imunoterapias, outros, quimioterapia associada a imunoterapia e outros drogas-alvo, que são medicamentos orais que bloqueiam alterações específicas de cada tumor, poupando as células sadias. "Por este motivo, hoje em dia todos os tumores metastáticos devem ser submetidos a testes em laboratório para determinar o tratamento mais adequado", explica o Dr Diogo.

Entre os pacientes com mutações de EGFR, como explicado acima, o tratamento com drogas-alvo leva a um controle de doença por anos, sem a necessidade de quimioterapia. "Esta é uma área que vem avançando muito. Recentemente tivemos a aprovação no Brasil do afatinibe, uma droga de 2ª geração que garante que alguns pacientes sigam com a doença controlada por até 2 anos10, algo que não imaginávamos 5 anos atrás", comemora o médico.

Sobre a Boehringer Ingelheim

A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e possui cerca de 50.000 funcionários globalmente. Atua há mais de 130 anos para trazer soluções inovadoras em suas três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofármacos. Em 2017, obteve vendas líquidas de cerca de € 18.1 bilhões e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento corresponderam a 17% do faturamento líquido (mais de € 3 bilhões). No Brasil há mais de 60 anos, a Boehringer Ingelheim possui escritórios em São Paulo e Campinas, e fábricas em Itapecerica da Serra e Paulínia. A empresa recebeu, em 2018, pelo segundo ano consecutivo, a certificação Top Employers, que a elege como uma das melhores empregadoras do mundo por seu diferencial nas iniciativas de recursos humanos.  Para mais informações, visite www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil

 

Referências:

  1. Bray F, Ferlay J, Soerjomataram I, Siegel RL, Torre LA, Jemal A Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries CA Cancer J Clin, Published online 12 September 2018.
  2. Instituto Nacional do Câncer (Inca). Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/casos-taxas-brasil.asp . Acesso em setembro de 2018.
  3. A.C. Camargo Cancer Center. Disponível em: http://www.accamargo.org.br/tipos-de-cancer/pulmao. Acesso em setembro de 2018
  4. Mascarenhas E, Lessa G. Perfil clínico e sócio-demográfico de pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células atendidos num serviço privado. J Bras Oncol Clin. 2010;7(22):49-54.
  5. De Souza MC, Vasconcelos AG, Rebelo MS, Rebelo PA, Cruz OG. Profile of patients with lung cancer assisted at the National Cancer Institute, according to their smoking status, from 2000 to 2007. Rev Bras Epidemiol. 2014;17(1):175-88.
  6. Costa G, Thuler LC, Ferreira CG. Epidemiological changes in the histological subtypes of 35,018 non-small-cell lung cancer cases in Brazil. Lung Cancer. 2016;97:66-72.
  7. Araujo LH, Baldotto C, Castro G, et al. Lung cancer in Brazil. J Bras Pneumol. 2018;44(1):55-64.
  8. Shi Y, Au JS, Thongprasert S, et al. A prospective, molecular epidemiology study of EGFR mutations in Asian patients with advanced non-small-cell lung cancer of adenocarcinoma histology (PIONEER). J Thorac Oncol. 2014;9(2):154-62.
  9. World Health Organization. (‎2015)‎. The selection and use of essential medicines. Twentieth report of the WHO Expert Committee 2015 (including 19th WHO Model List of Essential Medicines and 5th WHO Model List of Essential Medicines for Children). World Health Organization. 
  10. Park K, Tan EH, O'byrne K, et al. Afatinib versus gefitinib as first-line treatment of patients with EGFR mutation-positive non-small-cell lung cancer (LUX-Lung 7): a phase 2B, open-label, randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2016; 17 :577-89.
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