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Informação está presente na nova diretriz publicada pela FEBRASGO

 

A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) acaba de publicar uma nova diretriz para o tratamento de náuseas e vômitos na gravidez (NVG). O documento auxilia os médicos apresentando novos dados, estudos e as melhores opções de tratamento para a emêse gravídica, que aflige o cotidiano de cerca de 85% das gestantes.

A nova diretriz traz duas mudanças principais: a primeira trata da importância da intervenção precoce, pois como as náuseas e vômitos são considerados sintomas normais da gestação muitas vezes o assunto não é tratado da maneira correta. E esse retardamento pode provocar danos permanentes ao feto, pois ocorre desiquilíbrio metabólico, explica o dr. Antonio Cabral, Professor Titular da UFMG e um dos autores da diretriz.

“O tratamento imediato da NVG impede o surgimento de situações graves e potencialmente irreversíveis para a gestante e seu bebê. Publicações recentes mostram que a deficiência de micronutrientes (minerais e vitaminas) decorrente da NVG pode resultar em embriopatias graves e comprometimento no neurodesenvolvimento, além da questão emocional e do trauma que uma gestação com quadro de vômitos e náuseas prolongados pode causar as mães”, explica o dr. Cabral.

A nova diretriz destaca a ondansetrona, que passa a ser a primeira indicação de fármaco para o tratamento de náuseas e vômitos na gravidez, pois além da efetividade e baixa incidência de efeitos colaterais, é o único princípio ativo com estudo que comprova a não interferência no neurodesenvolvimento dos bebês, segundo o estudo de Larrimer MB.

A substância já é a mais utilizada pelas gestantes nos Estados Unidos. Estima-se que em 2014 em torno de 2,2 milhões de grávidas do país (cerca de 22% do total) utilizaram a ondansetrona para controle do quadro de NVG. Esse incremento foi denominado por alguns autores como sendo “a escalada” da ondansetrona.

“Os fármacos disponíveis no momento são todos seguros do ponto de vista da teratogênese, mas a ondansetrona, em especial, também se mostrou segura na não intervenção no neurodesenvolvimento futuro da criança exposta a ela durante a gestação. Essa segurança representa um dos principais motivos para o seu uso ampliado em todo o mundo”, relata o dr. Antonio Cabral.

A nova diretriz da Febrasgo também traz informações sobre conceito e motivo das náuseas e vômitos da gravidez e aborda a hiperêmese gravídica, quando o quadro se torna mais grave. O documento foi formulado por quatro especialistas. Além do dr. Antonio Cabral, participaram do projeto os médicos Jorge Oliveira Vaz, Professor Adjunto IV de Ginecologia e Obstetrícia da UFPA; Geraldo Duarte, Professor Titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP; e Olímpio Moraes Filho, Professor Adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco.

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