Ter atitude empática pode ajudar a reverter quadros depressivos

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Cerca de 70% dos pacientes com depressão não falam sobre o problema; no Brasil, 11,5 milhões sofrem com a doença – o maior índice na América Latina 


Incentivar as pessoas a falar sobre a depressão para alguém de confiança que pratica a empatia é o mote da campanha #PodeContar, lançada pela farmacêutica Medley, unidade de negócios responsável por genéricos e similares da Sanofi. O objetivo é estimular a quebra dos estigmas e preconceitos relacionados à doença. A proposta abrange várias iniciativas, entre elas uma plataforma disponível no site coletivopodecontar.com.br e o engajamento de um grupo de médicos e influenciadores digitais.


Em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas têm depressão, e menos da metade procura ajuda, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nos países em desenvolvimento, a situação é ainda pior, e as taxas não ultrapassam 10%, como é o caso do Brasil. No país, 11,5 milhões de pessoas sofrem com a doença – o maior índice na América Latina.

Acostumada a lidar com números, a engenheira Bernadete de Araújo, 64, de repente se viu incapaz de realizar suas atividades. “Sentia uma tristeza imensa e não sabia a razão. Uma sensação de incapacidade e de abandono, o desejo de querer ficar só e vários sintomas físicos. O neurologista me pediu 26 exames, que não mostravam nada”, conta. Só depois que ela buscou ajuda na Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata) que descobriu que vinha sofrendo de depressão recorrente ao longo da vida.

Enfrentamento. A depressão é uma doença coletiva, pois afeta a família, os amigos, os colegas de trabalho, de acordo com o líder da área médica da Medley, Eduardo Issa. “Muitos pacientes têm vergonha e medo de falar, medo da rejeição. Por isso, a campanha é focada na empatia, porque poder contar com alguém empático ajuda o paciente a procurar assistência mais rápido e melhora o resultado do tratamento”, disse.


Além disso, a falta de atenção aos sinais da doença, que, segundo a OMS, será a mais incapacitante até 2020, ajuda a explicar por que tantas pessoas com depressão têm dificuldade em pedir auxílio. Pesquisa da Federação Mundial para a Saúde Mental mostra que mais de 70% dos indivíduos com depressão não falam nem conversam sobre a doença.

“Fortalecer o relacionamento entre o médico e o paciente é essencial, é aquilo que mantém a relação. Sem empatia ele (paciente) não volta, na segunda consulta já não estará mais ali”, observa a presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Carmita Abdo.

Grupo. PC Siqueira, Carol Burgo, Hillan Diener, Juliana Luna, Lua Fonseca, Joanna Canabrava e Uyara Torrente formam o Coletivo #PodeContar, que viajará para São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro com a campanha.

Diante de alguém depressivo

O que não fazer:

Comparar com a situação de outras pessoas

Pedir para olhar o lado positivo ou para “sair dessa”

Perguntar o que há de errado

Dizer que não pode fazer nada por aquela pessoa

Dizer que vai se sentir melhor amanhã

Estigmatizar a terapia ou qualquer outro tratamento

Culpá-lo por sua condição

Maneiras de ajudar:


Ouvir a pessoa com atenção e a acolher

Não ignorar comentários suicidas

Incentivar a pessoa a procurar ajuda profissional

Desencorajar o consumo de álcool e drogas 

Estimular a socialização e sugerir a prática de esportes

Reforçar que depressão é doença e tem tratamento

 

Fonte O Tempo

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